A distinção dos quatro períodos históricos (antigo, medieval, moderno e contemporâneo) é uma convenção amplamente aceita pelos historiadores. Na numismática se costuma adotar uma divisão idêntica, embora nem sempre a passagem de uma época a outra correspondia a uma variação efetiva e significativa da moeda ou do sistema do qual deriva. Não obstante, na transição da idade Média para a Moderna nota-se uma grande renovação, cabendo afirmar que a classificação histórica e a numismática coincidem.

Com efeito, as moedas medievais apresentem características comuns a todo período (fina, com pouco peso e com pouco valor intrínseco). Entre os séculos XV e XVI, as novas exigências econômicas e de mercado fazem com que a moeda tenha um aspecto mais “rico”, com o peso aumentado e o valor intrínseco mais consistente. Com esta finalidade se idealizaram máquinas com capacidades para produzir moedas mais grossas, de módulo superior. A moeda experimentou uma sensível renovação, precisamente no período em que fazemos remontar a transição na história politica à Idade Moderna (1942).
Também a passagem a idade Contemporânea, que é marcada pela revolução Francesa de 1789, encontra uma correspondência nas moedas, as quais imprimiram um caráter inconfundível às posteriores a esse período, diferenciando-as. Não se pode dizer o mesmo da transição da antiguidade ao período medieval que, historicamente, e sem que faltem pareceres discrepantes, remontam à deposição de “Rómulo Augusto” no ano 476. Na realidade, as mudanças substancias na cunhagem se haviam registrado antes, no tempo de Constantino (312-337), tendo sido produzidas outras depois, na época de Carlos Magno (768-814). Assim, neste caso, as periodizações não coincidem.