A difusão da moeda deu-se do Oriente para o Ocidente, por isto, necessariamente, ainda que com certo atraso, as cidades da Magna Grécia e de Sicília tiveram que organizar suas próprias emissões ao longo do século V a.C.
No sul da península, as primeiras cidades a cunhar moedas foram Cumas, com a figura da concha, e Terina. Depois, na segunda metade do século V a.C., Nápoles – que significa cidade nova – produziu peças apresentando no anverso a cabeça da sereia Parténope e no reverso, a figura de touro androcéfalo barbydi, referência evidente aos deus fluvial Aqueloo que o engendrara.
Nasceram depois as casas de cunhagem de Heráclea e de Turi, que emitiram moedas representando um touro em movimento de ataque, enquanto em Tarento se inicia a famosa série do cavaleiro sobre um golfinho.
Em Reggio, surgiram as moedas com as figuras de uma biga puxada por mulas e de uma lebre correndo. A escolha destas duas iconografias tão curiosas e singulares retratam episódios relacionados com a vida da cidade: A primeira celebra a vitória de Anáxilas, líder tirano entre os anos 494 e 476 a.c., obtida na corrida de bigas puxadas por mulas celebrada em Olímpia; a segunda lembra a introdução da lebre na Calábria, fato que terá tido, provavelmente, grande importância naquela época.
Na Sicília, existiu a casa de cunhagem de Zancle-Messana – nome antigo de Messina – que produziu didracmas com símbolo de leão frontal e da proa de navio durante a ocupação dos sâmios; depois, produziu moedas com os mesmos símbolos das de Reggio, após ter sido conquistada por Anaxilas.