Catálogo Ilustrado de Moedas com Erros – 1965 à 2021

Não é novidade para ninguém que o Portal Numismáticos tem certa exclusividade quando o assunto é o lançamento do Catálogo de Erros e Variantes das Moedas do Real, dos autores Edil Gomes e Lucimar Bueno. Desde a primeira edição, tanto do Manual de Erros quanto do Catálogo, temos o prazer de apresentar para vocês essa incrível obra.

De qualidade inquestionável, o Catálogo de Erros e Variantes do Real virou uma literatura obrigatória para aqueles que buscam erros de cunhagens e variações de cunho na numismática nacional, sua riqueza de detalhes, imagens em alta qualidade e preços justos são características que o qualificam como uma obra única em nossa literatura numismática.

A Numismática Castro iniciou a pré-venda do livro no dia 18 de Setembro de 2021, e os primeiros exemplares serão enviados no decorrer do mês de dezembro, com lançamento previsto para o Congresso Nacional de Numismática organizado pela Sociedade Numismática do Brasil. Lhe convidamos a se antecipar e garantir seu exemplar, você poderá faze-lo CLICANDO AQUI. Atenção, não deixe para última hora, pois como sempre, a tiragem é limitada e sua popularidade não permite que sobrem exemplares no mercado por muito tempo.

 

Neste lançamento, fizemos algumas perguntas para o autor Edil Gomes, ao qual compartilharemos com vocês a seguir:



Se tratando de erros, houve uma evolução muito grande no conhecimento dos colecionadores após as suas publicações, até aqui o objetivo foi alcançado?

A primeira porta de entrada de alguns colecionadores foram as moedas olímpicas, logo em seguida se abriu outra que foi a das moedas anômalas do plano Real pela facilidade em se conseguir circulando, mas existia muitas dúvidas no início, não tinha um parâmetro e pouco material de estudo existia disponível. Isso me atraiu em buscar saber sobre esses erros em moedas e percebi que para isso precisaria entender o processo de cunhagem e buscar material fora, principalmente dos Estados Unidos, onde havia estudos sobre o tema, a tradução era confusa para alguns termos, então tive que estudar várias publicações e entender para fazer um comparativo com as moedas do Brasil, acabou virando o Manual de Erros em Moedas. Depois de muita cobrança em se fazer um catálogo me juntei ao Lucimar Bueno que realizava um estudo sobre os valores de moedas com erros e que vinha acumulando há alguns anos, juntamos nossos conhecimentos e foi lançado em 2020 o Catálogo Ilustrado Moedas do Real e suas variantes. Esse ano, estamos fazendo nova atualização e como retiramos a parte de variantes por ter poucas alterações, substituímos o nome para Catálogo Ilustrado Moedas com Erros. Pela aceitação dos leitores, acreditamos que atingimos o objetivo, dando assim um parâmetro para os colecionadores. Gostamos sempre de inovar e isso tem despertado a atenção dos colecionadores desse segmento da numismática que vem crescendo. Quando se pergunta para qualquer colecionador sobre determinado erro, ele já sabe como ocorreu e assimilou muitas informações que passamos nos livros e artigos, aumentando o conhecimento, aumentou o interesse, esse é o caminho para outros tipos de moedas.

 

É positivo, claro, a distribuição de conhecimento que suas obras proporcionam, mas você acha que isso é suficiente para amenizar esses anúncios fantasiosos em moedas com erros impossíveis?
São duas coisas diferentes, nossa proposta sempre foi mostrar que o erro é possível não a autenticação das peças e deixamos sempre bem claro. Nem todas as moedas passam pela nossa mão, contudo, conhecendo outras séries da numária do Brasil e já estudado moedas falsas, réplicas e adulteradas, é possível sim identificar se uma moeda apresenta indícios de não ser oficial. Algumas realmente geram dúvidas da procedência, de como chegaram até os colecionadores, não da autenticidade. Mesmo assim me perguntam se faço a autenticação de moedas com erros e a resposta é não, pois para autenticar, não deve ser só visual e comprovação de medidas padrões, exige outros testes, claro que 80% já se garante tendo a peça em mãos, mas uma autenticação deve ser algo mais complexo para não restar dúvidas. Deveria existir um canal da Casa da Moeda para sanar algumas dúvidas de forma oficial, enquanto isso não ocorre nos atemos as moedas que também são objetos de estudo.

 

O que poderemos ver como diferente nesta edição do catálogo?
Além das atualizações incluindo novos erros e anos dos já classificados, material em torno de 50%, fizemos nova análise de valores praticados entre colecionadores e comerciantes tirando nova média, alguns aumentaram, outros reduziram pois após a publicação do catálogo houve uma corrida por essas moedas anômalas e surgiu muita coisa sendo oferecida. Retiramos várias partes do livro que não iria ter mudanças, como a parte histórica do Real e as variantes do Real, também aumentamos o número de páginas e com isso conseguimos incluir outras dicas, informações e a grande novidade foi incluir moedas do período inflacionário de 1965 a 1994, todos os erros com ilustrações para comparação.

 

Analisando desde a primeira edição, podemos dizer que os erros continuam em ampla valorização e procura?
Continua pela facilidade em se encontrar circulando, essa é uma das paixões de muitas pessoas, conseguir um lote grande de moedas no comércio e procurar erros, mas também notamos que alguns colecionadores passaram a se interessar por outros padrões monetários do Brasil, não só de erros, os comerciantes também sentiram que esse era um filão interessante e passaram a oferecer tanto moedas, como materiais para esses novos colecionadores. Moedas com erro passou a ser um segmento que teve um grande movimento o que levou os comerciantes a também se atualizarem.

 

A Numismática como um todo possui um equilíbrio nos valores comerciais das peças, são raros os exemplares que possuem um salto de valorização muito grande, com os erros também são assim?
Nesse caso é ligado a oferta e procura, não raras vezes vi em leilão um 960 réis ou uma moeda de ouro não ter lances e uma outra moeda com determinado erro ultrapassar o valor dessas peças, alguns não entendem, mas é um segmento de coleção e opção daquele colecionador em buscar aquilo que escolheu colecionar e lhe agrada, não medindo esforços, no fim literalmente errado não é o colecionador de erros, mas a falta de incentivo em mostrar os outros padrões monetários para esses novos colecionadores. Notamos que quem coleciona erros muitas vezes não está interessado em ter uma moeda por investimento, mas sim porque é uma peça que o atraiu, é única e ele tem condições de ter a peça e muitas vezes tem disputa para tal.

 

Moedas com erros assumidos pela casa da moeda do Brasil, como a mule 50/5 são mais valorizados ou o que importa é a gravidade do erro?
A mulher 50/5 dentre todos os erros conhecidos do plano Real, é o único reconhecido pelo Banco Central e Casa da Moeda, onde emitiram um comunicado logo após se perceber que tais moedas entraram em circulação, é um erro valorizado, contudo não está no topo da lista. Existe colecionadores que buscam erros maiores e disputam tais peças e fazem o seu próprio teto com o intuito de colocar na coleção e não de revender. Talvez não seja tão valorizada pela quantidade de moedas desse tipo serem ainda facilmente sendo oferecidas.

 

Tanto o manual quanto o catálogo são sucessos e isso ninguém discute, em primeira mão, tem outros projetos vindo por aí?
O Manual de Erros e o catálogo foram uma curva dos projetos que tenho, já fiz outros livros antes, mas foi o que mais teve aceitação dentre os colecionadores, eu penso em títulos sendo preparados a curto, médio e longo prazo, então tem novidades sim, alguns em parceria com outros colecionadores e conseguindo conciliar em breve teremos algumas novidades em publicações numismáticas, fora do padrão moedas com erros e outros dentro desse segmento.

Esperamos que curtam tanto essa matéria quanto o livro, sei que a ansiedade de muitos será grande mas tenho certeza que a espera será de grande valia, nos encontramos em São Paulo no lançamento!



André Luiz Padilha

Graduado em direito com especialidade em meios alternativos de soluções de conflito e atualmente é estudante de História. Colecionador de moedas desde 1997 e numismata desde 2011. É um ativo divulgador da numismática nacional publicando diversos artigos e estudos por dezenas de plataformas, presta serviços como avaliador e consultor em pelo menos 9 países, também é o fundador da Numismática Castro, do CNERJ e do canal Café e Numismática. É sócio da American Numismatic Association (ANA)

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